Nas suas próprias palavras...
Entrevista com Marly Leite de Fazenda Caxambu
Da minha coluna do Cheese Reporter, June 30, 2017
A História da Fazenda
Na década de 50 aos meus avós vieram da cidade de São Roque de Minas que é Serra de canastra na região de canastra e vieram aqui para essa região de Sacramento na Fazenda Caxambu e trouxeram com eles a receita pra esse queijo o do queijo minas artesanal ou QMA. É daà começo de fazer esse queijo. Esse queijo ele diferencia da região da Canastra devido ao clima, o talimentação dos animais cheio tipo de cuidar dei o Terroir do queijo então, de região para região varia.
E essa tradição de fazer Queijos ela foi passado para o meu pai. E quando eu e meu marido resolvemos mexer com a fabricação de queijos que a gente começou em 92, quando a gente casou, e a gente teve uma história como queijo que foi esse meio complicado porque a gente não tinha gado, a gente pegava e comprava e os queijos do produtores aqui do região.
A gente era um atravessador como que se diz um queijeiro. Então, agente juntava esses queijos e levava para Ribeirão Preto é outro cidades. Isso foi até 98. Em 98 tudo estava escondendo dentro a fiscalização porque foi um produto clandestino, então, a gente passava na barreira de madrugada para não ser pegos. ei por um perÃodo de 5 anos a gente fez isso. Só que é um dia foi pego na barreira e essa pessoa pegou esse queijo e jogou criolina estragou todo o queijo então, a gente entrou em desespero por que era nosso ganha-pão. Já tinha dois filhos na época, então, , era o dinheiro que entrou para cuidar deles. Aà diante do que o que aconteceu eu mesmo e meu marido resolvemos a certificar o queijo. A gente já fabricamos uma quantidade pequena de queijo durante esse intervalo. E aà a gente prometeu que atentar correr atrás da legalização desse queijo foi muito difÃcil porque em 98 agente procurou saber de onde ava aqui da Fazenda a gente não tinha conhecimento aonde que fazer, não era advogada. A gente não sei o que fazer daquela época não tinha internet para fácil acesso igual a hoje. Então, procurou Emater de municÃpio de Sacramento. E eles falaram pra gente de cara que não tinha como ser feito de leite cru, que terei a ser feito de leite pasteurizado e a gente não quer, a gente quer de leite cru. A gente quer o queijo nosso, a gente quer legalizar ele, um produto que é tão bom porque não? porque que pra nós, a gente tinha um laticÃnio aqui que é de leite industrializado, e a gente quer nesse queijo a mesma coisa. (legalização- DS)
REJEITADO, Triste, mas...
Todo mundo disseram que não tinha como. Então, a gente vei embora triste, desesperado com vontade de fazer alguma coisa sem ter jeito de fazer nada. a gente nem sabia que a lei existia. quando for aà uma belo dia chegou um pessoa de Emater na presença de uma amigo nós Diga lá que hoje se transformou num amigo, ele trouxe para a gente a lei, a lei de 1954, de IMA., existia uma lei. Nisso résurgiu uma esperança para uma identidade para nosso queijo. e a partir daà foi uma luta sem fim. a gente não tinha apoio dos órgãos, não tivemos o apoio do municÃpio nenhum, de nada, simplismente falaram assim pra gente que não poderia fazer nada e não fizeram o IMA de Emater.
E ENTÃO, ALGO BOM ...
O Emater do Sacramento não pode nos ajudar tanto em que a gente conseguiu apoio em Araxá, o Emater de Araxá, que tinha um deputado que quiserem mandou uma equipe. para poder organizar esse queijo minas artesanal.Então, a partir daàs após eu quis a gente teve em fez nessa trajetória fez como que a gente construi essa queijaria dentro de nós normas de legislação e em 2006 a gente conseguiu a certificação. E através dessa certificação a gente tem maior orgulho de dizer para todo mundo que a gente é de antes de Emater, clandestina, com condiçoões ruda, e depois de mater, ou seja antes da certificação, e depois da certificação.
Foi uma coisa muito importante da nossa vida, melhorou nossa qualidade de vida com certeza foi mais fácil porque a gente colocava o nosso produto no supermercado com orgulho. Só que essa tarefa de colocar o produto no supermercado não foi fácil porque a gente competia como os outros queijos que não tinha cadastro para a gente ficar um pouco caro por que a gente deve que desembolsar para nesse cadastro e a gente concorreu com aquele queijo que não tinha pagar . Então, foi um outra etapa de dificuldade. porém, a gente conseguiu a vencer devagarzinho como nosso jeitinho Mineiro. Quando pessoas experimentam os queijos gostam muito do queijo a gente foi mostrar nas boas práticas que a gente tinha, condições de higienização até chega um ponto que a gente colocou toda nossa produção no mercado. Isso foi muito gratificante. E aà vai surgir nossas ideias, nossas inovações, a gente vai começar a conhecer no gente, vai participar de férias e a gente começou a notar que a pessoa estava desenvolvendo outros tipos de queijo a mesma massa e o mesmo modo de fabricação a mesma receita porém estavam falando sobre maturações diferentes. Aqui, na fazenda, a gente só fazia a maturação tradicional do jeito que o vovó nos ensinou , do jeito que nos foi passada de geração pra geração.
Aà a gente ficou sabendo que tinha um curso na Serra da Canastra que o ONG SertãoBrás trouxe uma professora chamada delphine para poder aplicar as técnicas de maturação. Eu fiz esse curso. Desse curso tive muitas ideias. foi aonde que é o descobri que aqui na queijaria era possÃvel Como as técnicas que elas explicaram a gente deixa o mofo desenvolver, por que esse mofo branco, ele é natural. simplesmente yoga lá você muda técnica de fabricação e o mofo aparece. a gente conseguiu outro tipo de cura, não nosso tipo de queijo, outro tipo de cura que dá outro sabor do queijo. e isso fez com que eu me apaixonasse de saber que com a mesma massa, com o mesmo queijo eu posso fazer outros tipos de maturação.
Depois esse curso a gente foi para Uberaba e fez um outro curso com um outro francês chamada Hervé através também dessa ONG sertãobras E a Débora Pereira organizou, eu fiz a clÃnica do queijo com Hervé e como a ClÃnico do queijo me surpreendeu muito avaliação do grande francês. e aà vejo convite que eles estavam organizando uma viagem para feira na França, e essa viagem seria para mim como extensão do curso de maturação que eu já estava fazendo. porque eu teria a parte prática là . então, eu vi como a prática do curso, que me encantou recebemos o convite de FAEMG do Doutor Altino é do SertãoBraz da Débora para poder tá aà nessa viagem. foi um grupo excelente E aà a gente teve a hora de ser convidados para levar queijo para o concurso Mundial em Tours da França. que foi uma complicação porque pra levar o queijo eu não poderia transportar ele de forma legalizada porque não tem autorização para isso porque fiscalização sanitarista não permite. então, eu dou o que a gente fez? Morrendo de medo a gente pegou o queijo apesar de ser conhecido aqui em Minas, eu tive que pegar ele, colocar ele dentro de uma embalagem e colocar no meio do roupa e enfiar dentro da mala é atravésar a fronteira morrendo de medo de ser pega é como se estivesse traficando uma coisa. A minha intenção foi essa. e a gente saiu daqui esperançosos e sentindo vitoriosos te ter poder participar desse concurso.
Quando consegui atravessar cheguei lá eu coloquei dentro uma cava de maturação sou para o queijo descansar e para amenizar porque a gente chegou oito dias antes do concurso, é eu senti aliviado e vitoriosa porque por que a gente conseguiu por queijo lá dentro para participar do concurso. é isso aà já era pronto para mim já estava feliz. quando foi o dia do concurso aconteceu a milagre que a gente consegui trazer as medalhas. .
A gente levou vários produtor de queijo do Brasil é consegui ganhar onze medalhas, doze com o super ouro Isso foi uma coisa que até hoje eu não consigo descrever. mas a conquista dessa medalha de super ouro numa inovação vem o queijo que a gente faz a vida toda é que a gente pode simplesmente muda o jeito de maturar é conseguir as diferentes qualidades de maturações é conseguir a chegar nesta categoria que a gente chegou, o Super ouro, Isso aà foi extraordinário.
E o apelo da gente compra essa Conquista é que os governos olha em para o pequeno produtor entenda a necessidades dele, que não pode ficar presos a algumas leis não deixa o produtor voar, que deixar o produtor fazendo um queijo não legalizado, despeito fazenco com boas práticas de qualidade e de maturação simplesmente por causa de uma lei que determinar que um queijo deve ser assim assim assim assim assim assado não justifica a gente pode tem lei que permite variações que a gente pode dependendo ao gosto e o paladar das pessoas. Então, , uma pessoa ela pode achar o queijo senzala que ganhou o melhor tÃtulo do mundo, pode achar que ele não é tão bom quanto o um que ainda não ganhou que é o tradicional, ou o extra Curado que a gente tem Araxá real então, , deixa assim que o pessoal desses organs estaduais, em cair nessa experiência que nós tivemos e vai ao nosso apelo, que a partir de 2019 que tera o próximo concurso Mundial a gente poderá entrar com nossos Queijos brasileiros com reconhecimento dentro do povo brasileiro, reconhecimento não fica somente da paÃs que não é da fabricação dele. Que os governos sinto orgulho da gente, um povo trabalhador, uma classe sofredora, uma classe que peleja, é que tem ideias e condições de fabricar o melhor queijo do mundo .
Não quero que esse queijo, melhor do mundo, seja clandestino ou então, que ele não tenha um selo de orgulho das pessoas que olham as leis. O que o que eu quero é que a média escuta para pode chegar até o Orgãos públicos: a gente quer reconhecimento! O que começou como a luta da região de canastra, que foi longo e duro então, chegou para o reconhecimento de Araxá, Serro, e outras microrregiões.
O fato que a gente tinha medo, e não tive orgulho atravessar as fronteiras com queijos destinadas para ganhar algumas das mais importantes medalhas do mundo é uma vergonha. Para todos os produtores com peitos cheios de medo que nossos queijos premiados sejam jogadas fora saindo do Brasil, eu espero que esse tÃtulo de melhor queijo do mundo seja gravado na história, e que nossa luta seja glorificado, em 2019 e que a gente seja legalizado.
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